Avesso

Avesso

Eu nasci assim,e não sei fugir nem fingir

Do que sai,do que entra

Não não sei fingir

Não sei fugir de mim

A noite é o meu medo

E como fugir do que sinto?

Eu isolo-me,para entender-me

Mas nunca me entendo

É um complexo

Avesso do que é verdadeiro

Há solução pra mim?

Eu sei que é ruim,eu sei que realmente é ruim

No entanto como devo agir

Contra essa força que me alcança ?

E se eu tentar me lançar de algum lugar

Ainda sim eu poderia viver

Sem esses avessos da natureza ?

E se não houver esperança para mim?

Eu sei que vou sofrer !

Ao carregar essa cruz

A cruz que tenho sem mesmo ver

Cruz da cura,do intermédio

E o que sinto

É indesejavél,é mal para mim

É estranho é feio pra mim

Isso,que me deixa assim

Isso,que me deixa a chorar

Será que um dia eu vou olhar pro céu

E ver Deus me dizer que estou livre?

Será que o dia que Deus há de me ajudar chegará?

O que será?

E o que será de mim?

Dos meu avessos cotidianos e profanos

Com será que viverei?

E quem vai cuidar de mim?

É ruim querer o que não se pode ter

Arthur Montenegro
Enviado por Arthur Montenegro em 19/02/2012
Código do texto: T3508388