Arelas de amor sensitivo?

Uma poeta recantista escreve "Hoje":

"Hoje, se pudesse… / Virava-me do avesso / Arejava-me.

"Sinto um interior / Mofento, carente de arejo."

(Lucibei, 19/02/2012.- Código do texto: T3507714)

E pergunto-me "por que esse estado anímico?"

Não sei, ignoro-o... Inclusivamente prefiro desconhecê-lo e imaginar, só imaginar, que o poema da poeta transluze brandos e felizes anseios (na Galiza dir-lhes-ia "arelas") de amor, do amor que apenas pode ser amor, de amor sensitivo, aí cravado no poema...

NOTA IMPORTANTE.- Quando digo "poeta", digo "poeta" e não mulher, pessoa física particular. Ao poetizar, as pessoas exercemos um role que nos faz "função lírica", que nos transcende, de modo que o/a leitor/a, mais uma "função lírica", toma autoridade para interpretar e valorizar e desfrutar e sofrer, como "função lírica", a nossa "função lírica" emissora.

Se parecer estranho e até misterioso, pense-se que no mundo adiante há mistérios muito mais complexos e difíceis de enunciar e entender. Este apenas se resolve no mistério da literaridade, apenas...