Opinião
Ultimamente as crianças, e também os adultos, estão declarando amor a cada semana, sendo bem superficial, a pessoas diferentes. Crianças sim porque com 10 ou 12 anos o (sublime) amor que conhecemos, até então, é entre pais e filhos, avós e netos, enfim pessoas da família ou com quem se tem um laço afetivo fraternal.
É preciso passar por tantas coisas para amar um outro ser com uma história diferente da sua, com manias contrárias ao seu gosto, com uma formação como pessoa diferente do que se está acostumado. Dúvidas, angústias, rejeições, sofrimentos dos mais diversos fazem parte do sentimento mais nobre e incondicional.
Claro que a felicidade plena também é sinônimo de amor (se é que existe sinônimo pra tal sentimento) mas é complexo conquistar essa felicidade. Por exemplo, quando uma pessoa ama e não é amada é aceitável sentir uma dor intensa, contínua, inexplicável na verdade. Querer cuidar, acarinhar, acalmar, sentir o cheiro, tocar e não poder. Mas por mais que doa a vida me ensinou que amar é querer que o ser amado seja feliz sendo perto de mim ou não.
Porém creio que quando o amor é declaradamente correspondido, sem medos, sem julgamentos, apenas sentido e exposto, é a melhor de todas as sensações que existe. Cuidar e ser cuidado, respeitar e ser respeitado, ser feliz e fazer feliz, deve ser extraódinário.
Tudo isso é compreendido depois de um certo caminho que todos percorrem e, convenhamos, com muito pouca idade o caminho percorrido não é compatível com tal sentimento.
Obs.: São palavras de desabafo e de opinião própria a ser aprimorada com o tempo.