E AGORA, SEGURANÇA PÚBLICA BRASILEIRA?!

Estamos vendo um estado de caos se instalando na Segurança Pública do nosso país. Temos de fazer algo urgentemente.

Sei que saúde e educação sempre foram tratadas como prioridades orçamentárias e de investimento em políticas públicas. No entanto, no outro lado da moeda, as pessoas precisam da segurança pública para ir à escola estudar ou ao médico se tratar, não é verdade!?.

Relevo ainda a reflexão de que não é somente a escola a responsável por formar pessoas menos violentas, ou seja, educadas. Em primeiríssimo lugar, na formação cidadã, estão os pais e seus familiares, depois a escola e por fim a sociedade como um todo. Analisemos que a educação também tem sido “terceirizada” nesta última década. A meu ver, o ensino cabe aos professores, a educação é responsabilidade dos pais, em primeiro plano, e da sociedade, em segundo plano, quando esta edita legislação e dita regras sociais e padrões de condutas.

Mas, a perda dos valores é uma realidade. Os pais estão, a cada dia, mais ausentes de suas obrigações familiares em busca do sustento familiar, fundamentado no sinônimo de sucesso profissional e laureada pelo "status" social. Os filhos acabam sozinhos “no mundo” e sozinhos seguem para caminhos tortuosos, engrossando as fileiras do tráfico de drogas. Hoje, a maior parte das pessoas que morre ou comete homicídios, em todo Brasil, está entre 15 e 29 anos, de acordo com dados do Instituto Sangari, por Julio Jacobo, no Mapa da Violência 2012.

O produto a ser entregue pelo policial à sociedade, em que vivemos, é a proteção ao direito à vida, à propriedade e à liberdade. O cidadão está cerceado de sua capacidade plena de decidir se quer ir ou vir. Esta vontade está eivada de receio em morrer num assalto, atropelamento, sofrer qualquer dano físico, psíquico ou material. Logo, ao sair de casa, as pessoas costumam dizer que saem para trabalhar sem a certeza de que voltarão, o que é a expressão clara da incerteza da liberdade. Devemos poder decidir se queremos seguir em frente, ficar ou retroceder, sem culpa, sem receio, sem medo.

Precisamos recuperar nossa polícia para podermos enviar nossos filhos para as escolas, onde não haja traficantes em frente, ou no seu caminho, ávidos por lhes "ensinar"o trajeto da morte.

Carecemos de uma polícia competente, bem equipada e dignamente remunerada, para que possamos ir ao médico em segurança. Precisamos da liberdade que a presença estatal uniformizada nas ruas permite ao cidadão de bem, o que somente constrangeria aos meliantes, os que devem para lei ou estão com intenção de infringí-la.

Concordo que os professores e médicos sejam bem remunerados, também, é lógico. Mas, creio que os agentes de segurança pública são tão dignos quanto, mas no imediato. Creio que os policiais merecem um bom pagamento para proteger nossa liberdade de decidir, a qual nem Deus nos impediu, quando nos deu o livre arbítrio.

No lema: "Servir e Proteger" não pode existir um "servir" com falta de vontade, ou, um "proteger" a quem tem medo do protetor. Historicamente, a cada estagnação de um serviço público por greve, são os trabalhadores e seus representantes o alvo da Justiça. Mas, e quem dá "causa" realmente? Quem não remunera devidamente os policiais, quem não cuida da polícia, é alvo da Justiça também? Não me lembro de qualquer fato nesta direção.

Um profissional satisfeito tem sua autoestima elevada, devido ao reconhecimento social da importância da sua função. Salário é estímulo, a honra é motivação e dedicação é o resultado da satisfação pelo que se faz.

Sem mistério, uma saída doméstica, com boa vontade política e técnica, para colocar ordem onde ninguém quer ver bagunçado.