Valentim (santo) e o Theorema de Thales
Hoje, 14 de fevereiro, grande número de gentes ocidentais, mais ou menos ocidentais, lembram amorosos (amorosa/o e amoroso/a) o martírio de um santo igualmente grande.
"O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio, que proibira o casamento durante as guerras, dado que os solteiros combatiam impetuosos.
"Mas Valentim continuou a celebrar casamentos entre jovens e até ele se casou secretamente, contra a proibição do imperador.
"Valentim foi preso e condenado à morte. Preso e ainda não morto, muitos jovens enviavam-lhe flores e bilhetes: "Ainda acreditamos no amor.
"Foi na prisão que se apaixonou pela filha cega de um carcereiro à qual milagrosamente devolveu a visão.
"Assim o narra a lenda."
Mas (questiono-me) em que consiste o amor, de que Valentim é patrono?
Achei resposta certa e geométrica na reflexão harmoniosa de Les Luthiers, conjunto músico-vocal-intrumental argentino (da Argentina) sobre o Theorema de Thales de Mileto. A letra da canção reflexiva (que não transcrevo nem traduzo) é prologada deste jeito:
"Johann Sebastian Mastropiero dedicou o divertimento matemático, opus 48, intitulado 'Theorema de Thales', à condessa Shortshot, com quem vivera paixões repetidas, numa carta em que lhe diz: "Condessa, o nosso amor rege pelo Theorema de Thales: quando estamos horizontais e paralelos, as transversais da paixão atravessam-nos e os nossos segmentos correspondentes resultam maravilhosamente proporcionais".
"O quarteto vocal 'Les frères luthiers' interpreta: 'Theorema de Thales' opus 48, de Johann Sebastian Mastropiero. Abraça os andamentos seguintes: Introdução, Enunciazione in tempo di menuetto, Hipotesis agitatta, Tesis, Desmostrazione, ma non troppo, Finale presto con tutti."
(Pode escutar-se em http://www.youtube.com/watch?v=UjHjfQ8UHNs&feature=related )