Luz, pássaros ou...

e a luz

como pássaros

se perde no infinito

De Carla Carbatti, "Na noite" (12/01/2012.- Código do texto: T3437235)

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Se analisasse o poema, este fragmento do poema que eu amputei, ficaria nos três substantivos: "luz", "pássaros", "infinito".

Mas não o analisarei e apenas reparo no verbo "perder" tomado reflexamente: "se perde", cujos sujeitos-agentes são tanto "luz" quanto "pássaros". O dia, que o sol esclarece, e as aves, que voam ou fogem dos olhares humanos, confrontados com a escuridão sem misericórdia, sem limites, como deusa omnipotente.

Talvez essa seja a sina da vida humana... Perder-se numa negra sombra sem fim...