Perfumar o espírito
Digo que aprisionar as emoções é o mesmo se enclausurar num calabouço escuro, frio e fétido. Escuro, onde a luz se ofusca no marasmo, comodismo, na projeção de felicidade sob o jugo alheio. Frio, onde o gelo das ações arrepia a pele, nos braços da solidão faz morada, não há o calor das afetividades, diálogo tônico, e o olhar se turva na indiferença. Fétido e repugnante, os sentimentos jazem, na contaminação do ódio e maledicência. Quiçá, perfumar o espírito com a fragrância do amor. Escorre néctares de carícias, flexibilidade nos atos. Brilham estrelas de sorrisos, florindo dentro de si, jardins de humildade.
Águida Hettwer
09/02/2012