Que referencial somos nós?
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Que referencial somos nós?
A alguns chefes costumamos, por obrigação, chamar de excelência, de ilustríssimo, de senhor, de doutor...; outros, de Tatá, verbi gratia. Não que a excelência, o ilustríssimo, o senhor ou o doutor sejam melhores, mas, pelo menos, usam boas máscaras. Considerando-se que os Tatares da vida, que poderiam retirar as máscaras dos "senhores", silenciam, estão todos nos seus devidos lugares. Como defensiva e por questões de sobrevivência, pomos nossas próprias máscaras. Afinal, hipocrisia também faz o mundo girar, independentemente do referencial adotado. Assim, no mundo real, a delícia da arte literária soa como peça trágica onde, infelizmente, a ética e os valores morais findam nas cuecas!