Chega o momento
em que a gente se desprende de tudo aquilo que machuca, daquilo que te deixa triste. Chega uma hora que você tem que ser forte, erguer a cabeça e dizer: eu vou lutar pra tudo melhorar, pra eu poder ser feliz sem que ninguém me machuque. Por mais que a gente ame, goste, cuide as pessoas tendem a machucar, deixar marcas, deixas palavras fortes e pesadas que deixam nosso coração todo quebrado, mas a gente tem que lutar pra que isso passe, porque não vale a pena.
Sempre existe aquela exceção, é sempre quem mais nos importa porém é sempre para quem menos importamos. Quando o tempo passa essa exceção passa a não ser mais importante e com quem a gente menos se importa a gente passa a se importar mil vezes mais. E a exceção? Ela vira apenas mais nada, mais alguém acabado, que quando olhamos o que era e o que virou a gente até ri, porque geralmente são pessoas orgulhosas que só sofrem na vida.
A gente se quebra, é verdade. Sofre, chora, se descabela, mas mesmo assim tá ali: lutando pelo que a gente quer, focando nas coisas importantes da vida, analisando situações, procurando sempre a melhor saída. E tem gentinha que não nota, não valoriza, não dá a mínima pelo nosso esforço, mas quem disse que isso importa? Claro que abala, deixa a gente meio desconcertada, mas a gente sempre sabe que tem aqueles dois ou três pra contar, aqueles que nunca vão deixar o nosso dia acabar ruim - e são nesses que a gente tem que focar, são esses que a gente tem que guardar um presente pro futuro.
O importante é viver, sentir a liberdade, sentir tudo que existe de bom e depois morrer. Porque a gente sabe que não é pra sempre, tudo vale a pena, até os machucados valem a pena, as decepções, os amores incontroláveis, as promessas quebradas... Tudo acaba, e a gente sempre acaba não aproveitando nada por isso. O negócio é lutar pelo seu lugar e não se deixar abalar muito. O negócio é ser livre.
K.G; Janvier, 28