ESCRITO EM 22/10/11
Um sentimento estranho, difícil de definir e que muito me impressiona, pois já me conheço há muito tempo... um embrulho no estômago, mas não são borboletas. Essas eu domestico e estão dormindo. Um aperto no peito, mas não é saudade. Essa também está em repouso forçado, talvez um coma induzido. Uma inquietude sem tamanho, mas não é ansiedade. Essa está saciada e conformada.
Sim... hoje me perdi em meio a esse turbilhão de sensações. E detesto me perder, não posso me perder. Sei como é complicado voltar a mim mesma. Não aceito ajuda, não permito buscas, não quero ser novamente encontrada. Prefiro ficar aqui, perdida, junto a esse mar de angústia apressada, que não consegue nem dormir de tanta inquietude, do que defrontar-me com a calmaria que hoje sou (ou era), com a resignação que me afoga, com esse acatamento de não ter mais buscas.