O que a insônia me permite. (II)

Ontem eu percebi quanta gente me ama, assim do jeito que estou; Sim porque a vida é tão breve e tão fugaz que não dá tempo de ser nada. Evapora na bruma o nosso eu, se condensa no cosmos a nossa fuga. E isso aqui é uma estrada que deve levar há algum lugar, se não levar então é porque nós somos a estrada e diversos mundos passeiam por entre a nossa poeira! Ontem eu percebi também pelos abraços plastificados, pelos dizeres convencionados e mais ainda pelos "tapinhas nas costas" que há pessoas que subestimam as minhas sensações. E eu sinto a vida.

Subestimam a sede da minha alma faminta! Acham que podem lograr o pouco de mim que construí pouco a pouco ou ainda caminhar no meu chão que foi feito da minha artéria! E como um espetáculo recebi os aplausos e na coxia esconderam-se pessoas maravilhosas que sem elas eu não teria brilhado. Meu céu não teria chegado. A essas pessoas ( e elas sabem quem são) Que São eu agradeço!

Então de resto só posso dizer que: As águas da vida regam os sonhos, florescem as flores da alma, que não são poucas, dão frutos do espírito e evaporam. E alguns sonhos ainda que doces, não são de padaria! E o doce é o amargo que ficou para trás.

Às vezes num lampejo me vêem coisas como essa: Um amontoado de palavras que batendo as asas, pousando lentamente, fazem ninho em mim.

Dhiego Araújo
Enviado por Dhiego Araújo em 28/01/2012
Código do texto: T3466680
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