Reflexões Poéticas



Que os belos olhos da musa se encantem com o meu poema, eis o melhor aplauso que poderei receber.

As asas que nos alçam ao céu do sonho são as mesmas que, atingidas pelo vento da ilusão, nos fazem despencar no abismo do engano. Mas, triste mesmo, é quando deixamos de voar.

Linguagem da alma que cria imagens para melhor se expressar, o verso traduz o dialeto do nosso mundo interior.


Antiga ou nova, ou recorrente, ou louca. Que importa? A ilusão é chama e só a tem quem ama.

Com as suas mãos de sonhos, as musas só abrem as portas do céu para os afortunados eleitos do seu carinho. Mas a poesia é bom cartão de visita.

É nos teus olhos, esse meu fundo do mar, que mora o meu desejo de te amar.

Os nossos sonhos secretos, que estão encerrados na masmorra da nossa rotina diária, são os mesmos que vagueiam pelas nossas noites, livres como passarinhos.

Se os meus sentidos são como borboletas que buscam o alimento do prazer, então não podem escapar da atração de belas e sensuais flores.

O sabor da ilusão - doce, quando ela surge, amargo, quando ela se desfaz - é necessário para temperar nossos pratos de sonhos.

A alma sensível, que faz a sua viagem poética, vê muito além de qualquer horizonte de si mesma. As imagens poéticas se entrecruzam, iluminando a noite da sua emoção.
Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 27/01/2012
Reeditado em 19/04/2012
Código do texto: T3464098
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