Com que Olhos você vê?
num lance, seu olhar por entre as frestas da porta viram a bela e reluzente de todas as acerolas!
Não tinha nada que lhe encantasse mais naquele momento.
Queria ficar pensando o que lhe comovera aquela fruta, mas seus batimentos cardíacos já entoavam em um novo compasso e arrajavam uma nova melodia. Ele a imaginou em seus lábios. Ela só ficava a dançar com seu parceiro vento. Pensou em pegar seu instrumento capturador de imagens, mas logo viu que por mais moderno que fosse esse intrumento, não retrataria a intervenção do vento. Apenas congelaria a imagem de uma acerola em seu galho, numa posição diferente da verticalidade. Quis gravar de forma mais significante em suas retinas e, então saiu de trás daquelas frestas de porta e, retomando seu ângulo de visão completo, sem nenhum recorte, aquela acerola era só uma acerola, e o vento era só o vento!
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