CANÇÃO AO LUAR

Num luar de verão, sob as estrelas do tempo, num sentar de descanso, o velho poeta traduz a canção num sorriso de satisfação.

Agradece por tudo, ainda que nada tenha para contar.

Vê a vida como propósito de algo maior que seu pensamento.

E ao som da viola, solta os versos da hora.

Canta o choro, o abandono, o nascimento, a alegria e o tempo.

Canta a fé que vislumbra o amanhã, a esperança que molha os olhos marcados pelo tempo.

De um tempo que parece não querer chegar.

Mas, ele é um forte e insiste na poesia da esperança.

E assim ele vive.

E assim ele crê.

E assim ele segue.