Lançar-se
Na fornalha lançada à dúvida
E dançando a valsa do triunfo
A fé sacudia as últimas labaredas da incredulidade.
Do alto foi visto cair os ídolos
Apagados em cinzas
No chão da gruta tida como amaldiçoada.
Aspergidas por asas de anjo
A verdade é lançada em golfadas
Sobe pelas paredes e reduz todo poder a nada.
Sidrac... Misac...Abdênago
Dinheiro... lucro... corrupção
Quantos mais na fornalha se lançarão?
Será isso apenas uma passagem bíblica
Um milagre tido como espetáculo de circo.
Ou a realidade encoberta por ciscos.
Trombetas ainda soarão
Joelhos se dobrarão em falsa adoração.
Temendo fogo ardente da justiça
Autoridades vivem o luxo ilusório
Do poder transitório.
Amarrados em suas próprias vestes.
Em poderios injustos
Aviltam dignidade exaltando insultos.
Que venha o Deus soberano e poderoso
Em força, fulgor e glória
Já que é preciso outra vez mostrar sua vitória.
Destruidores da aliança
Seja esquecida sua lembrança.
Que da terra seja varrida
Até o pó de teu pé ou qualquer traço de sua herança.
Ao homem de integridade absoluta
Sopre a brisa leve e resoluta.