Casuarinas

Teus olhos castanhos tão vivos pela dormência

Que causa a minha pele muito vadia

Dás em minha tez com teu beijo sem galhardia

E teu sorriso é minha felicidade, doença...

Não é pela cura que busco o horizonte

Oh minha enfermidade benévola, quero morrer!

Morrer nos teus braços tão indóceis

De doença que, assim, deveria me fazer sofrer.

Teus olhos castanhos tão vivos em brasa

Água da chuva nas folhas das casuarinas

Do teu mundo onde a cura é estar infectado

Durmo o sono dos que padecem e acatam a sina...

Sou anjo de asas enormes por teus olhos

Pois sou assim cândido como os que me gostam

Olhos de cor bonita como a tarde sonhada

A minha doença de nome se vai, os sintomas voltam.