Um céu cinzento sobre estrelas de plástico

Meu céu, uma pintura em escalas de cinza,

Cheiro de gás carbónico com tons de asfalto.

Alguns pingos tingem meu chão de barro,

Cor dos olhos da manhã, como o orvalho.

Bela e cintilante, como a estrela adormecida de teus olhos,

O leve sabor do bálsamo dos teus sonhos.

Não é miragem, nem tão pouco realidade,

É paralelo a tudo que vives.

Brota em teu respirar leve,

Uma flor de cor exótica, de perfume único,

Que lembra o céu cinzento e as estrelas de plástico,

E os teus lábios parecem maçãs deliciosas,

Como as primaveras dos contos de Sheakespeare.

Ontem era dia, e agora o hoje virou noite,

O cinza tornou-se sombra, mas teus olhos não foram cobertos

Pela neblina.

Teu corpo ainda encontra-se tão belo e puro,

Quanta a límpidas aguas da fonte dos Deuses Olimpianos.

Não era noite, nem muito menos dia,

E o cinza do asfalto, já refletia as cores do céu,

Tons de sépia, como se fosse outro tempo.

Mas teus olhos portava todas as cores,

E a poesia, que tinha gosto de anis.

Teu suspirar tornava-se poesia,

Desprendendo-se dos sonhos dos que a amavam,

Não era mulher, nem homem, nem Deus,

Mas o desejo súbito e a esperança,

Tatuada na alma, de quem ainda tem fé.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 23/01/2012
Reeditado em 23/01/2012
Código do texto: T3457259
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