Retrocedendo no tempo para progredir

Recolho no chão fotos rasgadas,

versos lidos e relidos,

desfaço dores mantidas,

deixo cair lágrimas guardadas,

liberto choros silenciados,

quebro correntes psicológicas,

apago a memória do tempo,

aguardo o retorno do adeus,

desconfiguro lástimas e ressentimentos,

despeço-me da minha estupidez e ingenuidade,

eu bebo o café da tarde chorando a partida do sol,

eu embriago minha consciência seduzindo a lua,

eu recordo aquilo que com frequência escorre por minhas mãos...

Eu paro o tempo,

sigo brisas,

eu tudo isso ainda faço, mas a nenhum consenso chego.

Eu apenas sei dizer que mais um dia para mim nasceu,

eu vejo coisas,

eu vejo novas,

eu vejo novas coisas,

mas tudo isso ainda faço.

Eu ainda tropeço,

eu ainda regresso,

eu ainda confesso que o melhor eu conheço,

mas coragem falta-me para nada mais fazer e parar de mutilar

meu próprios argumentos.

Preciso ir para outros mundos,

defender minh'alma,

pois ainda há tempo...

Tempo de viver coisas novas.

E assim eu vou,

e assim eu tento.

Não farei promessas,

pois canso do que soa repetidas vezes em meu inconsciente...

Eu apenas quero mais um tempo...

TEMPO DE VIVER COISAS NOVAS.

Ingrid Campêlo
Enviado por Ingrid Campêlo em 22/01/2012
Código do texto: T3455549
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