Impasse
Não sou poéta, sou o poema. Não a frase, mas a palavra. Sou a sintêse e não a análise. Sou o passo não a corrida. Me confundo com o todo, me disperso, me diluo. De novo me recomponho, para outra vez me desfazer, juntando os pedaços que sobraram. E neste impasse, sigo sem sair do lugar. Desço, sem nunca ter subido. Volto, sem ter ido a lugar algum. E neste impasse, nem tudo que parece é. Não estou perdido. Sei exatamente para onde vou. Eu simplesmente sei quem sou.