Buda sem foco

Existe alguma coisa muito errada em viver. Parece que algo está sempre conspirando, sempre observando, sempre dizendo: Ei, não, não, não, você não vai conseguir, cavalheiro! Algo parecido com o gênio maligno, ali, enveredado na mente nebulosa. E muitas vezes você acredita que esse gênio é o seu país, depois observa o mundo e estende um pouco sua intuição; joga logo a culpa na natureza humana, não? Não é a natureza humana que não tem jeito?

Muitas vezes você se da conta de que sua liberdade é posta em jogo, sua razão perde forças e você passa a enfrentar diversificados estilos de medos. Medo de dizer qualquer coisa, de pensar e dizer o que você acredita, de expressar sua liberdade. Você entende que o estado, a mídia, os homens por assim dizer, passaram a apoiar o crime, a estender uma mão aos nossos impulsos mais primitivos para que com isto, num estratagema ignóbil, tenha a sua atenção com fins insalubres, mais mórbidos que as próprias barbaridades que disseminam; passaram a contribuir, de forma intensificada, para o não esquecimento desta raiz lúgubre que assola nossos dias, cada vez mais temerosos. Você sabe do que estou dizendo, vai...

Eu prefiro viver como um Buda que perdeu o caminho virtuoso e não encontrou nenhuma árvore iluminada... Mas manteve-se sentado na cadeira da realidade. É preciso entender os meios e os fins. E sabe como se entende os meios e os fins? Começando. Começar. Esta palavra o levará ao fim que desejar. O governo NUNCA o ajudará de modo que se você for uma pessoa daquelas que choram por pouca coisa, pode começar, meu amigo partidário do bem.

Ah, tu és de esquerda? Vai lutar pelo socialismo? Ah tá. Fiquei assustado agora.

Os governos do nosso século estão muito confusos com as diversas atribulações que vem sofrendo a raça humana. Não há um sistema que suporte tamanha situação. A máquina estatal está sem tempo de produzir benefícios aos mortais trabalhadores. A máquina, infelizmente, é operada por funcionários que precisam, antes de tudo, privilegiarem suas necessidades superiores de GRANDES estadistas que são. O governo é semelhante a uma bela canção da qual você escuta sem parar por um bom tempo, mas, como não podia deixar de ser, acaba por esquecê-la e simplesmente ouve outras canções.

JimMorrison
Enviado por JimMorrison em 20/01/2012
Código do texto: T3450958