Ah o amor

Ah o amor...

As vezes ele bate a porta, calmo, tranquilo, como quem não quer nada.

Ele pode simplesmente sentar-se na calçada de nosso coração e esperar pacientemente que abramos a porta para que ele entre... Mas pode também estar com pressa, e por um minuto ou dois, se nos atrazamos para o atender, podemos perde a oportunidade de o conhecer.

Há momentos que deixamos a porta do nosso coração aberta, o que representa um risco em potencial. Podemos estar tão destraidos com ocupações que qualquer um entra e se instala, pode ser que isso seja bom, mais pode ser que quem chegou em nossa vida nada mais queira do que roubar nosso coração, vende-lo ou jogá-lo fora depois de usá-lo.

A vida é como uma valsa, uma linda e requintada dança, onde de um lado se encontram os cavalheiros, e do outro as belas damas.

E nessa valsa que a vida nos proporciona, podemos passar por vários parceiros de dança, mais sempre pararemos nos braços de uma pessoa, uma única pessoa, que nos conduzirá a uma dança que nunca esqueceremos.

Todos sonhamos em encontrar uma, e somente uma pessoa que nos faça sentir rei ou rainha, uma só pessoa que supra todas as necessidades, as carências, o vazio causado pela solidão.

O amor não se idealiza, não se pode quantificar, ele simplesmente chega de mansinho, como um toque suave em nossa pele que nos faz arrepiar.

Passamos tanto tempo imaginando um amor, e tão pouco tempo amando, passamos tanto tempo falando, mas não tiramos tempo para escutar...

Vejo a cada dia o amor esfriar, as palavras perderem o valor, os sorrisos se transformando em lágrimas, o coração se transformando em pedra.

Pedra? sim, uma pedra, que encobre as emoções. Deixamos as vezes de expressar todos os sentimentos que temos, matamos a cada respirar o desejo de amar. Deixamos de demonstrar o afeto pelas pessoas queridas, o carinho por aqueles que nos querem bem, as sensações provocadas pelas boas companhias; não mais respeitamos a pureza do viver e deixamos de compreender que a vida sem sentimentos é morta.