SER MAIS QUE APENAS EXISTIR
A gente inventa paixões, palavras, sons, jeitos e modos. Criamos ilusões, inverdades, desamores. Fazemos planos, tramoias e juramentos. Apontamos o certo, o errado, o que nem é. Estamos entre o nada e tudo. Fomos passado, presente e futuro. Redirecionamos sentimentos a todo momento. Agora a falta, por si só se projeta no espaço do tempo. E é tão chato ser alguém que não se faz, não se cativa, não se constrói. É vazio e frio, quase-impossível, mas tem tolo que ainda consegue. Viver à qualquer modo, mas viver. Existir é quase-fato, e só.