O ASILO

O ASILO, É O EXILIO DE MINHA ALMA, A PRISAO DO MEU CORPO.

O ABANDONO DO AMOR, A DERROTA DO SANGUE, É MINHA CASA.

MINHAS MAOS ENRRUGAS TREMEM NO CALOR DE MEU DESESPERO

A DESESPERANÇA QUE TOMA CONTA DE MEU CORPO CANSADO E SÓ

ME FAZ COMPANIA NAS NOITES DE MEOMÓRIAS

QUANTOS ABRAÇOS E BEIJOS QUE NÃO ME LEMBRA TER DADO NO PASSADO.

QUANTAS VEZES ME OLHO E NÃO ME VEJO, SINTO QUE ME PERDI EM ALGUMA ERA

EM ALGUM BAR, EM ALGUMA ALCOVA, EM ALGUMA PAIXAO TROCADO POR MOEDAS

A BARBA BRANCA QUE EM MIM CRESCE APAGA TODA MINHA HISTORIA

ME FAZ LEMBRAR COM DIFICULDADE DO QUE PRECISO HOJE

ESQUECIDO POR QUEM EM AMOU, DEIXADO POR QUEM DEI CALOR E ABRIGO

ESTOU VIRANDO PÓ

A MORTE AO MEU LADO, PACIENTE E SOTURNA

JÁ NÃO VEJO DESENHOS NAS NUVENS, AS ONDAS DO MAR JÁ SECARAM

TODA MINHA VIDA SE ESVAI COM AS LAGRIMAS

AS DOENÇAS QUE PERMEIAM MEU CORPO NÃO ME FAZEM SOFRER MAIS DO QUE MINHAS AMARGURAS

NÃO ME LEMBRO MAIS DE TI

QUE ME FEZ ACORDAR A CADA MANHA COM UM SORRISO NO ROSTO E UMA ANSIEDADE PAR TE VER.

QUANDO ERA JOVEM ME APAIXONEI TANTO, AMEI MAIS AINDA

QUANDO ADULTO ME SENTI SOZINHO E ARREPENDIDO

E AGORA NÃO ME SOBROU MAIS NADA.

O PERFUME DAS FLORES NÃO ESTAO MAIS EMPREGNADOS EM MINHAS MAOS.

SUAS CORES SUMIRAM

AO LONGE OUÇO UM LAMENTO, UM SOPRO DE VIDA ESVAINDO COM O VENTO

NÃO QUERO PARTIR, MAS PRECISO

JÁ PERDI TUDO QUE TINHA, E NÃO VOU CONQUISTAR MAIS NADA

QUANDO FOR TOCADO PELA MORTE, TEREI VIVIDO PELA METADE

E ME VOU COMO VIM, SEM NINGUEM SE DAR CONTA.

Wagner de A a Z
Enviado por Wagner de A a Z em 19/01/2012
Código do texto: T3449293