*** Porto Solidão ***

Desapeguei-me das noites sombrias

Onde dormia apenas meu corpo

exaurido de tantas buscas naufragadas.

Abri mão do coração aflito

e o deixei partir!

pois que descontente se exauria

em areias movediças

sem ter uma razão para ficar

Partiu... Assim! apenas

Não justifico seus atos

aceito apenas.

Calei a dor da separação

sepultei as perdas ao longo dos dias

Recolhi pedaços por onde

divaguei meu pranto

incontido, pungente

Hoje... Sereno

Apenas espero

esperar me disfragilisa

e acelera a regeneração

dos sentidos

e cicatrizar o tempo

que se alonga em mim

Talves! quem sabe um dia

eu consiga usar as palavras

e dizer quem sou hoje...

Bilherbeck

São Paulo, 16/01/2012.

Bilherbeck
Enviado por Bilherbeck em 16/01/2012
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