Não existe um porque

Eu simplesmente não acho

Por mais que em mim procure

Um porque para meu existir.

Sou filho do acaso

De milhões de espermatozoides

Um foi o que fecundou

De um nada existencial

Sem plano ou desígnio

A fecundação ocorreu

De um nada mental

Meu cérebro surgiu

E meu ser apareceu

Não existe um porque

Para que eu exista

Mas já que nasci

Só me resta aprender

Aprender que sou humano

Aprender que sou finito

Aprender que sou semelhante a todos

Aprender que felicidade há de ser social

Aprender que a vida é um estado maravilhoso

Aprender que o amor necessita ser construído

Aprender que sou falível

Aprender que a dignidade humana é o nosso diferencial, o nosso ideal e a nossa razão de ser.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 14/01/2012
Código do texto: T3439578
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