Prisão do medo
As vezes me sinto com tanto medo, medo de errar, de que meus erros machuquem quem amo. Me olho no espelho e parece que o que vejo não sou eu, vejo como se uma capa intransponível, uma camada que parece que com o passar to tempo se fixou em minha pele e hoje já se tornou parte de mim, um manto de coisas que tiram minha verdadeira identidade...
Tento chorar, colocar para fora tudo o que sinto, tento sorrir, mais mesmo que o sorriso apareça em minha face, por trás dele á uma lágrima que finge não existir.
Cadê a alegria de ser? Cade a alegria de existir? Onde foi parar o motivo para sorrir?
Será que se apagou com o tempo a chama da felicidade que hora sim hora não vem se acende em nossas vidas para nos mostrar que ainda estamos vivos, para nos mostrar que há luz em meio a escuridão da vida...?
Tenho medo, medo de falhar, medo de apostar, apostar em um amor e nele depositar minha felicidade para depois notar que nessa aposta eu perdi, não só meu tempo, como minha felicidade, minha vida.
Sinto-me só... num vazio de existência criado e alicerçados pelos meus medos.
Mais sei que se não arriscar, não vou descobrir se o prêmio era bom, ou ruim, e, entre a dúvida e a certeza, entre ter a chance de ser feliz e ficar na mesma, tentar é a melhor opção...
Desde o começo vivemos com medo, este está sempre a nossa espreita, só esperando para nos alcançar e nos aprisionar... luto todos os dias, tentando me libertar.