Recreação e Artes
A disciplina Recreação e Artes no contexto da Psicopedagogia objetiva estabelecer uma relação interdisciplinar entre arte, recreação e cognição.
Sobre o conceito de criatividade podemos afirmar que são várias as visões acerca do desenvolvimento e da expressão da criatividade humana.
A respeito do "jogo" na maioria das vezes o jogo é uma representação do pensamento abstrato da criança.
A Psicologia Genética valoriza o jogo porque ele constitui em si mesmo uma atividade singularmente importante que se move entre a pura ficção e a realidade do trabalho.
Para que a experiência do aprender tenha significado para o sujieito, tem-se que levar em consideração também elementos como família, grupo social e escola.
A Escola deve e pode apoiar-se nas atividades lúdicas, deve no entanto analisar os contextos educacionais em que os jogos e brincadeiras estão inseridos para não isolar o homem da realidade. As atividades lúdicas devem ser um meio e não um fim em si mesmas.
A expressão "ensinar brincando" refere-se a construção do conhecimento integral do educando, levando em conta seus interesses, necessidades e o prazer de ser sujeito ativo.
Na opinião de Arietti (1979), o processo criativo possibilita fazer uma nova combinação do que já existe sem reorganizá-la somente.
Whitehead (1974), a criatividade é uma força vital produtora de novas experiências e situações.
Erich Fromm entende que o homem só é verdadeiramente feliz quando cria na realização espontânea do "eu".
Através da brincadeira, segundo Piaget, a criança constrói novas estruturas mentais ao deparar-se com novas situações, este processo recebe o nome de adaptação.
De acordo com Piaget, o desenvolvimento da inteligência está voltado para o equilíbrio. Desta forma, podemos entender a importância do brincar para o desenvolvimento da criança, assim, inteligência seria uma forma do homem estar sempre buscando uma melhor adaptação ao ambiente.
Em uma detreminada fase do desenvolvimento da criança, brincar com quebra-cabeça estimula aspectos importantes para o seu entendimento do mundo, que conceitos estariam relacionados: reversibilidade e conservação.
Ao olhar de frente para você, uma criança não consegue perceber que a sua mão direita não esteja do mesmo lado que a dela. Isto caracteriza uma fase do desenvolvimento mental da criança, quando ela evidencia uma determinada característica, a de ver o mundo somente segundo a sua percepção. Este estágio seria o Pré-operacional.
A função do brincar, no desenvolvimento mental da criança, evidencia determinadas características presentes no período pré operacional da Teoria de Piaget, uma delas é o pensamento reversível.
Segundo Vygotsky, "o prazer não pode ser visto como uma característica definidora do brinquedo, porque nem sempre a criança se satisfaz com o resultado de suas brincadeiras".
Ainda segundo Vygotsky, "cada assunto ou conceito que é ensinado na escola relaciona-se com o desenvolvimento da criança e essa relação é variável", por isso, é importante entender o conceito de zona de desenvolvimento proximal.
A justificativa mais completa para explicar a função simbólica do brinquedo é a de que o brinquedo pode ser o que a criança desejar de acordo com a sua necessidade.
Quando a criança está brincando de casinha, ela está brincando com regras que seriam as regras de convivência pré-estabelecidas.
No estágio pré-operacional, segundo Piaget, o primeiro acontecimento é egocentrismo.
Podemos afirmar que, através do jogo, a criança tem a possibilidade de desenvolver seu potencial afetivo e cognitivo.
A teoria das inteligências múltiplas foi iniciada por Howard Gardner.
Podemos entender a acomodação como um processo através da qual a criança modifica suas ações a fim de lidarem com novas situações.
São características do estágios das operações concretas o abandono do egocentrismo, a utilização de símbolos de um modo mais sofisticado, sofisticação das operações mentais e aperfeiçoamento da representação mental.
Na fase fálica a criança percebe a diferença anatômica entre meninos e meninas.
O complexo de Édipo na menina é chamado também de complexo de Electra.
O conceito de psique apresenta paralelos nas contribuições de Piaget e Freud, dentre estas, podemos destacar a regulação da energia psíquica ser feita pelo próprio organismo e não por agentes externos.
A transformação de conflitos inevitáveis em conflitos frutíferos, isto é, contovérsias que podem ser resolvidas de forma construtiva é defendida pela hioótese do conflito sociocognitivo.
Segundo Yves de La Taille (1992), a internalização de formas culturais envolve a reconstrução da atividade psicológica.
Vygotsky trabalhou o cérebro como um sistema aberto, cuja estrutura é moldada ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual.
Afetividade é todo o domínio das emoções propriamente ditas, dos sentimentos, das emoções, das experiências sensoriais e principalmente, da capacidade em se poder entrar em contato com sensações.
Segundo a Teoria de Piaget, podemos dizer que a afetividade está ligada a uma ação moral.
Ainda segundo a Teoria de Piaget, podemos descrever ao mesmo tempo o dualismo e a complementaridade entre a razão e a afetividade, a afetividade seria a energia, o que move a ação, enquanto a razão seria o que possibilita ao sujeito identificar os desejos e obter êxito nas ações.
Vygotsky concebe o homem como um ser que pensa, raciocina, deduz e abstrai, mas também como alguém que sente, se emociona, deseja, imagina e se sensibiliza.
Segundo Vygotsky, cognição e afeto não se encontram dissociados no ser humano, pelo contrário, se inter-relacionam e exercem influência recíproca ao longo de todo desenvolvimento do indivíduo.
Wallon, estudando a passagem do orgânico ao psíquico, verificou que, nesse intervalo, ocorre concomitantemente o desenvolvimento das grandes funções mentais, seriam elas: afetividade e inteligência.
Segundo a teoria do vínculo, apresentada por Pichón Riviére, tanto o analista como o professor devem assumir o papel que o outro lhe atribui, isso quer dizer que devem desempenhar, frente ao seu paciente ou aluno, o papel de bom depositário, cuidando de qualquer coisa, boa ou má, que seja depositado nele. Assim, será configurado o vínculo afetivo entre ambos.
A afirmação: "A cognição humana já se encontra pronta no indivíduo ao nascer", é uma concepção que se fundamenta no inatismo.
De acordo com Wallon, o meio social é cultural e interpessoal e por excelência um complemento indidpensável à integração do eu.
Segundo Freinet: "Através do trabalho, a criança satisfaz sua necessidade de criação e de ação e, consequentemente, toma consciência do seu papel na sociedade".
A moral autônoma se desenvolve através do respeito e da cooperação entre as crianças e entre a criança e o adulto.
Podemos dizer que um dos objetivos da socialização é o das crianças conseguirem um nível de conhecimentos dos valores morais que regem sua sociedade e se comportarem de acordo com eles.
Piaget e Kholberg apóiam a tese de que o julgamento moral se desenvolve através de uma série de reorganizações cognitivas. Isso significa que cada estágio tem uma forma, um esquema e uma organização bem definida.
A concepção de moral de Piaget é a de que a moral irá depender das relaçãoes sociais estabelecidas pelo sujeito e irá variar de acordo com os diversos tipos de relações sociais que este sujeito estabelecer.
A moral heterônoma a que se refere Piaget baseia-se no princípio de autoridade, no respeito unilateral e nas relações de pressão.
A moral autônoma baseia-se no princípio da igualdade, no respeito mútuo, nas relações de cooperação.
A principal característica da criança no estado egocêntrico é o fato da criança não se diferenciar do mundo externo, não conseguindo participar socialmente de uma atividade.
Na adolescência percebemos uma estreita correlação entre a consciência das regras do jogo e sua prática. Dizemos, então, que corresponde a seguinte fase da autonomia.
Segundo Kohlberg, o desenvolvimento moral pressupõe três níveis na seguinte sequência: nível pré-convencional, nível convencional e nível autônomo.
Os três níveis do desenvolvimento moral implicam, segundo Kohlberg uma relação entre o eu e as regras e as expectativas da sociedade.
Podemos entender a criança precoce como aquela que tem a capacidade de aprender determinada técnica ou atingir determinada fase antes de todas as outras de sua faixa etária.
São duas características essenciais do superdotado:
1) marchar segundo seu próprio ritmo;
2) só se satisfaz quando esgota o assunto de seu interesse.
Em relação ao conceito de gênio, podemos dizer que é aplicado apenas aos adultos.
Podemos entender o talento como sinônimo de aptidão.
Até o final do século XIX, os portadores de altas habilidades eram estranhos, considerados loucos, considerados diferentes e causadores de problemas.
Segundo Gardner, a inteligência é um potencial biológico e psicológico que se realiza mais ou menos como consequência de experiências, fatores culturais e motivacionais.
Inteligência é definida como a capacidade de resolver problemas ou criar produtos que sejam válidos em um ou mais ambientes culturais.
Segundo Gardner, a inteligência intrapessoal refere-se à habilidade do sujeito de lidar com suas próprias necessidades, motivações, emoções e desejos.
Goleman é considerado como um dos principais teóricos da inteligência emocional.
De acordo com Goleman, podemos dizer que temos dois cérebros, duas mentes e dois tipos de inteligências, são elas: racional e emocional.
Na opinião de Huizinga (1993), o jogo cria à ordem.
Do ponto de vista educacional, o jogo deve dar oportunidade para que as crianças sejam mais atuantes e transformadoras.
Ao introduzir o jogo na escola, o educador deve respeitar as etapas do desenvolvimento da clientela.
O jogo "Tempestade de Idéias" deve favorecer a resolução da situação-problema.
A dramatização pode auxiliar o educando em várias situações, exceto na facilitação da respiração aeróbica.
Os jogos do tipo "Corrida de Obstáculo" são importantes, pois desenvolvem o espírito de equipe.
Alguns jogos podem ser particularmente utilizados para desenvolver o raciocínio matemático através do desenvolvimento de noções próprias da área. Exemplo: Coelhinho na Toca.
Um dos elementos mais importantes do jogo diz respeito a sua realização, pois esta deve ser sempre conduzida com muito prazer.
É natural, durante o manuseio de jogos, a criança passar por algumas etapas com exceção de desinteresse em manusear os jogos.
Os brinquedos mais apropriados ao trabalho com o esquema corporal e o raciocínio musical são musicados.
A partir das reflexões de Jung podemos afirmar que não cabe ao intelecto a criação do novo, mas ao instinto de diversão.
Sobre a criança e o brincar, podemos dizer que a angústia é sempre um fator na brincadeira infantil.
Comparando as formas de manifestar seriedade e sabedoria podemos concluir segundo Fayga Ostrower, os grandes seres humanos ao se aprofundarem em seu saber se tornam mais livres e mais simples.
Segundo Pedro Figueiredo Ferreira, é fundamental ao processo de aprendizagem alcançar a humildade, reconhecendo-se que não se sabe.
Podemos afirmar que, ao nos tornarmos adultos nossa tendência é modelar as emoções e agir segundo padrão dominante.
A respeito da nossa criança interior, podemos dizer a criança interior é definida por Jung como a união do plano pessoal com o coletivo.
Ouvir a criança interior significa ouvir o coração, entrar em contato com nossos desejos mais internos.
Sobre o jogo "Brincando com as formas", podemos dizer que esta atividade desenvolve a imaginação e a concentração, estimulando a expressão linguística interior.
Sobre o jogo "Baralho de Emoções", podemos dizer que esta atividade estimula a socialização e o discernimento conceitual das emoções.
Em relação à prática "Ouvindo a criança interior", podemos dizer que é uma atividade resgata memórias de forma criativa.