Prólogo - Viver
Decidi postar aqui o Prólogo do meu ultimo livro. Um trabalho confeccionado para debater, tentar entender e absorver assuntos como o bullying, drogas, doenças sexualmente transmissíveis, adultérios e muito mais. Os personagens mantém diálogos jovens e cheios de vida, baseados na realidade, com humor e bastante paixão. Fica a dica para quem quiser me patrocinar!
PRÓLOGO
17h40. Peguei o trem na estação Hebraica – Rebouças e voltei pensando em como Viver consome as nossas forças. Segundo o dicionário, Viver nada mais é que ter vida. Difícil entender? Não! Algumas pessoas simplesmente existem enquanto outras vivem. Viver é aprender, é lidar com os estranhos e consigo mesmo.
Todos os dias eu buscava dentro de mim alguma razão para tomar as decisões mais importantes que poderiam mudar o meu rumo. O medo atrapalha a nossa vontade de mostrar a nós do que somos capazes. Nem sempre é possível ganhar uma batalha, mas abrir mão sem tentar é a idiotice mais cafajeste que um homem pode fazer e, viver é ter que lidar com batalhas diárias. Sem fim!
A gente passa por um antes e um depois sempre. O nosso espelho é o travesseiro que nos permite analisar a cada dia no que nos tornamos. Bons, às vezes nem tão bons assim, mas o fato é que estamos nesse teatro a céu aberto chamado vida! E Viver é a interpretação mais original e sem cortes que temos de nós mesmos.
Errar é humano, fala sério, quem nunca errou é porque não teve a oportunidade, ainda, de nascer. O bom mesmo é aprender com os erros alheios, sério, aquele que não aprende com as merdas dos outros tem boas chances de cometer merdas na própria vida. Ninguém é perfeito...
Tenho meus bons exemplos, como o Edson e a Abel, alguns maus exemplos também como o Rodrigo e o Fábio, mas no fundo, no fundo ninguém é um bom exemplo o tempo todo.
A gente aprende a superar os nossos maiores medos, às vezes custa, mas a gente aprende. Talvez só depois de entender quem nós somos de verdade. Demora! Perdi o medo de enfrentar o meu medo quando parei de levar o bullying para casa. Sério! Sofri bullying. Aprendi que, na real, as pessoas que praticam isso se sentem inferiores e temem o futuro. Tipo aquela garota espetacular da escola que é nota dez em corpo e zero de mentalidade ou aquele garoto nota mil no futebol e zero em matemática, eles no fundo sabem que possuem grandes chances de serem fracassados ou engravidarem aos quinze anos – ou menos, olha lá! – e o que fazem? Exatamente! É isso aí.
Abel era a gordinha, a deixada para trás e levou a vida numa boa. Às vezes penso que é bom pensar como na música Fuckin’ Perfect da Pink e convencer a nós mesmos que somos perfeitos pra caralho. E daí, seguir a vida porque viver não tem preço.
Penso, logo existo! Viva Descartes!
A gente tem a obrigação de ter nosso momento íntimo, sério, talvez fosse o clima da Marginal Pinheiros que me deixou um pouco mais à vontade com meu blábláblá interior.
Sempre me convenço que a felicidade só existe depois de pensada. Viver é pensar, é agir e claro, tirar férias. Sério! Se eu pudesse enumerar os sete mandamentos da felicidade eu colocaria na ordem: 1º Amar, 2º Tirar férias, 3º Praia, 4º Reflexão interior, 5º Correr riscos, 6º Enfrentar problemas e 7º Viver os dias como se fossem únicos. Isso é muito importante! Amar e enfrentar os problemas, sim, depois de um obstáculo vencido a gente sempre sente o ar da vitória e da conquista e amar porque nada melhor do que o amor correspondido. Se não for? Ah, da um jeito, sofre um pouco, aprende com a dor e se aventure até encontrar uma razão honesta para afirmar que o amor vale a pena ser sentido e nunca desistido.
Às vezes o reflexo que aparecia no vidro do trem me fazia encarar um Gabriel Nunes fora da perspectiva de sempre. Nada como olhar a nós mesmos com os olhos de expectador. Ah, e viver, porque viver vale mais que mil palavras!
18h. Desembarquei na estação Morumbi, pronto para viver mais um pouquinho de mim lá fora.