[Sobre a Mesa]
Aconteceram muitas coisas na minha vida nos últimos 12 meses.
Certamente 2011 ficará na minha memória pra sempre.
Coisas boas, na maioria.
Neste ano que finda, não posso reclamar tanto das tragédias particulares, salvo algumas exceções, algumas frustrações.
Mas parece que mesmo assim, encerro 2011 com uma ponta de tristeza... ora, sou um poeta, um poeta do romantismo, e esse tipo de gente vive dos amores, e infelizmente (ou felizmente) dos não-correspondidos.
Mesmo que não seja o meu caso, minha poesia tem mostrado que não sou tão feliz quando escrevo, "um poeta triste"... melhor seria se todas as pessoas gostassem do ar romântico, do sensível, do poema feito de madrugada.
Estou um pouco cansado.
As coisas já não são como antes, e o pôr-do-sol parece ter perdido a graça.
Perambulo entre as teclas de um teclado.
As vezes me acho numa palavra, outras não.
Não sou uma pessoa direta, e isso me dá certa dor de cabeça.
Ouço coisas que não me agradam e digo coisas que depois repudio.
Não sou a melhor pessoa do mundo.
Não tenho a rima perfeita.
Gosto de ouvir "desculpas".
É bom de quando em quando.
Odeio pedir perdão, sobretudo quando não estou inteiramente errado.
Vem chegando 2012, e tudo que quero agora é um beijo.
Talvez pra deixar de ser o último romântico.
Talvez pra continuar escrevendo como escrevo.
Quando eu era garoto, gostava do Pica-pau e do Chapolim Colorado.
Agora cresci, e não me acostumei com as coisas que disseram pra eu gostar.
Eu quero mais é fugir das tendências.
Ser eu mesmo.
Fazer com que você me encontre.
Fazer com que a gente fique junto.
Fazer certo da primeira vez.
Feliz ano novo!