Observando o voo de uma gaivota eu pensava, como seria bom se eu, também, pudesse alçar voo deste jeito!
Fazer como você minha gaivota, aproveitar as correntes térmicas, planar nessa altura, sem tempo certo para regressar.
Só, que o ser humano, não foi idealizado para voar, ele está fadado a permanecer no chão.
Resta somente, sonhar, dar asas à minha imaginação.
Ou quando essa vontade apertar tentar amenizar, com o que for possível fazer.
Equipar-me com um parapente e do alto do morro decolar, sobrevoar, campos, serras, praia, cidade.
Dividir espaço com urubus, sentir a brisa que passa, na sinfonia que o vento, traz, ao roçar as velas insufladas.
Momento único, ser, o elemento vital prana e, o sentimento de liberdade!
Ah Ícaro! Se vivesse, aqui, no meu tempo, não teria derretido as asas...
Mesmo assim teu sonho valeu!

Nadir A D’Onofrio
08/01/2007
Santos-SP

 
Imagem Ilustrativa
http://gaivotadaria.blogs.sapo.pt/arquivo/gaivota.jpg