Trailer feliz da minha existência

Logo de manhã ao fulgor diferente de sol nascente... Seria daqueles dias quentes. Estava em transe transparente, embevecido de estranha graça... Fora acometido por raro torpor, às vezes acontecido em minha mortal existência que passa. Pagaria uma fortuna para não sair daquele nirvana oportuno. Fizera-me divino avatar alcalino a ajustar os meus pinos mentais. Um filme real a passar ao mear daquela semana. Era a minha infância a brincar de gente grande. Enquanto, fitava o azulado lago defronte ao alpendre do meu lar, onde já houvera uma bela e amada companheira de perfumadas primaveras. Vislumbrei uma garça branca qual viera a pescar. Quase me empalhei com a leveza do seu voo, mas firmei o pensamento na passada visão presente de novo. E, conclui: Realmente não dá para relatar o que o coração da gente sente. Não se tratava do lugar, e sim do interior mental a recordar. Estive com minha avó, mamãe, meu querido e mestre pai e o meu irmão a me zoar... Quando me achava no céu, a bela garça; onusta de graça arremessou-se ao léu com o seu prêmio dependurado ao ar. A catarse houvera o seu passeio terminado. E, intumescido de receio, senti-me o mais pobre dos coitados, então; acoitei-me alegre-acabrunhado.

Pois é, meu irmão são coisas da vida...

O Clarim da Paz

jbcampos
Enviado por jbcampos em 23/12/2011
Código do texto: T3403288
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