A VIDA, a tragédia da vitória



Tragédia de vida
Matéria e energia
Largado aos sete ventos
Jogada aos sete mares
Reagindo à virgindade da química
Ao mistério do físico
Prolifera como biologia
Reproduzindo algo transformador
Se copiando e copiando vezes sem fim
Errando e errando, se copiando em erro
Sai do nada biológico e floresce
Como um quase milagre biológico
 
Filhos da luta pela sobrevivência
Guerreiros pela perpetuação
A biologia se firma
E faz morada neste planeta
 
Da água outrora só química
Desperta a biologia
Que se transforma e se adapta
Filhos dos mares
Somos hoje seres deste mundo
E quem sabe um dia poderemos ter filhos em todo universo
 
Como anjos da terra
Saímos das águas
E do nada químico
Surgiram os autocopiadores
Filhos do erro e da aleatoriedade
Fadados pela complexidade
De erro em erro de cópia
Nos transformamos e nos proliferamos
Até chegarmos aos seres destruidores
Vaidosos, mesquinhos e pedantes que hoje somos
Talvez jamais conheçamos em essência o nosso nunca anterior
Mas conhecemos o agora
E por indução podemos perceber nosso amanhã
A dor, o sofrimento e a destruição de nossa gaia Terra
A indiferença para com o nosso celeiro de vida
A desconstrução de nossa essência
De nosso amor
E de nossa humanidade.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 21/12/2011
Reeditado em 21/12/2011
Código do texto: T3399404
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