Jaz... muita química.

Ela dormia, serenamente...no sonho, ela era uma bela moça inocente, por um rapaz se apaixonava, se apaixonava, e se apaixonava, aos poucos se afundava na psicina de lágrimas, é triste quando ele sai, ele vai embora, pra longe, pra fazer algo que ela desconhece, para poder mais em breve vê-la novamente.

Desconhecidos também os seus motivos, motivos de paixão, motivos que movem um homem sem nenhum raciocinio, sem nenhuma lembrança de erros passados - que chegam a deixar um homem de meia-idade com inveja por não mais conseguir sentir o mesmo.

Como o vento daquela varanda era aprazível do lado daquela sombra, a sombra na qual ele se escondia, e a luz na qual ela se iluminava, hoje ela tenta ser grande sem a luz, e brilha no meio da escuridão, e ele tenta sem nenhuma razão ser um 'sem luz' para se igualar àquela escuridão, justificando a tristeza em seu coração.

Uma tristeza lubrificada pelo óleo das sombras daquela varanda, naquela rede, daqueles pequenos momentos com aquelas pequenas pessoas, que já fizeram diferença, não fosse sua busca por outras sombras, sua busca incessante por algo mais interessante, sua louca procura sem razão de ser, e do outro lado, um ciúme, fruto da insegurança do ser do escuro, agora mais apagado e cada dia mais, e agora, isso o preocupava, o escuro no qual enterrara suas lembranças, suas esperanças, e seu coração, que agora...não mais a pertencia.

Clóvis Correia de Albuquerque Neto
Enviado por Clóvis Correia de Albuquerque Neto em 17/12/2011
Reeditado em 17/12/2011
Código do texto: T3393259
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