Um rasgo na malha do tempo

A empresa do passado não consistia em aposentar o presente. Marteladas sistemáticas eram instigadas de século à século, quando o orvalho do conhecimento tingia timidamente as raízes da miscigenação. Incógnitos de carne e osso forjaram junto das marés vermelhas a ascensão de nomes que fulgem eternamente a nossa memória, procurando representar um marco mítico em nossa história... Quando o tempo era jovem, a engenhosidade reinou, não esquecendo jamais de sua humanidade, ainda que o sangue tingia os olhos do universo, jamais deixaram de olhar para traz. Jamais. [...]

O presente se afugentou, os propósitos se foram. Um marco de fúteis ambições arquitetou o palco para a guerra psicológica, e assim se fez um baile de mascaras, cuja vil diplomacia comparece ao velório daquilo que um dia foi a sociedade. [...] E o presente?

Sua aposentadoria é clara: Invalidez. A conquista findou, e a perfídia reinou.