Globo da morte, que sorte!
Quero correr, fugir.
Queria fingir.
Não exatamente sentir.
A entrega me incomoda.
Parece que tenho minha cabeça
Todo tempo a prova.
Não sei se dor... Não sei se emoção.
Sei que não pretendo encarar o
Precipício com a coragem de quem
Escolhe no circo, como favorito,
O globo da morte.
Tenho receio de me lançar à sorte.
Sinto tudo, menos a mente branda.
Com a intenção de enfrentar o
Desafio;
Sinto na barriga um frio.
E tento viver para,
Ao menos no fim,
Perceber que nem tudo,
Em todo momento,
Foi em vão.