Valorizar forças benignas
É desnecessário certas estratégias
Dar valor demasiado a tragédias
Essas que aumentam o mal feito
Ou o imaginado a nosso jeito.
Existe tanta afirmação
De que somos rodeados de forças malignas
E um fortalecimento da existência do mal
Que nem percebemos as luzes singelas
E a beleza da simplicidade do Natal.
Sei da existência de forças paralelas
Quando rodeiam nossas janelas
Mas deixá-las entrar ou não
Depende de nossa elevação
De nosso estado de espírito e oblação.
Nessa luta ferrenha contra o inimigo
A manjedoura perde a força de abrigo
O presépio parece ultrapassado
Como se fosse coisa dos antepassados.
As pessoas estão tão precavidas
Tão cheias de guaridas
Não confiando em mais ninguém
Que só o que vale é o que convém.
É tanto apelo à modernidade
Vencendo sensibilidade
Que nem percebemos o risco
De não sabermos mais o que é fraternidade.
Alguns valores estão sendo arraigados
Aos poucos somos trancafiados
Pelo olho da cobiça
Materialismo exacerbado que enfeitiça.
Deletando até o que é predestinado
Como se nos fosse permitido
Ir além do próprio controle da liberdade
O verdadeiro livre arbítrio e sua realidade.
Não percebemos
Que felicidade não custa
Que ela é graça em santidade
Equilíbrio e equidade.
Sei que a humanidade evolui
Mas ela só se estabelecerá
Quando o amor for maior que trejeitos
Quando todos forem respeitados
Cada qual do seu jeito.
Quando a vida de fato resplandecer
Sem o peso da cruz ilusória
Que tantos carregam no peito
Escondendo preconceitos.
Gosto de pensar
Em Jesus menino
E me permitir ainda
Um pouco que seja de inocência.
Contemplar cada flor
Que se abre
Em meu jardim
E fazer delas
Meu maior festim.
Entender que natal
Não é folia de carnaval
É vida em família
Amor...partilha.