Valorizar forças benignas

É desnecessário certas estratégias

Dar valor demasiado a tragédias

Essas que aumentam o mal feito

Ou o imaginado a nosso jeito.

Existe tanta afirmação

De que somos rodeados de forças malignas

E um fortalecimento da existência do mal

Que nem percebemos as luzes singelas

E a beleza da simplicidade do Natal.

Sei da existência de forças paralelas

Quando rodeiam nossas janelas

Mas deixá-las entrar ou não

Depende de nossa elevação

De nosso estado de espírito e oblação.

Nessa luta ferrenha contra o inimigo

A manjedoura perde a força de abrigo

O presépio parece ultrapassado

Como se fosse coisa dos antepassados.

As pessoas estão tão precavidas

Tão cheias de guaridas

Não confiando em mais ninguém

Que só o que vale é o que convém.

É tanto apelo à modernidade

Vencendo sensibilidade

Que nem percebemos o risco

De não sabermos mais o que é fraternidade.

Alguns valores estão sendo arraigados

Aos poucos somos trancafiados

Pelo olho da cobiça

Materialismo exacerbado que enfeitiça.

Deletando até o que é predestinado

Como se nos fosse permitido

Ir além do próprio controle da liberdade

O verdadeiro livre arbítrio e sua realidade.

Não percebemos

Que felicidade não custa

Que ela é graça em santidade

Equilíbrio e equidade.

Sei que a humanidade evolui

Mas ela só se estabelecerá

Quando o amor for maior que trejeitos

Quando todos forem respeitados

Cada qual do seu jeito.

Quando a vida de fato resplandecer

Sem o peso da cruz ilusória

Que tantos carregam no peito

Escondendo preconceitos.

Gosto de pensar

Em Jesus menino

E me permitir ainda

Um pouco que seja de inocência.

Contemplar cada flor

Que se abre

Em meu jardim

E fazer delas

Meu maior festim.

Entender que natal

Não é folia de carnaval

É vida em família

Amor...partilha.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 16/12/2011
Reeditado em 16/12/2011
Código do texto: T3391607
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