Conflito

Que grande conflito abate a alma humana, vivemos em meio a artificialidade de sorrisos estáticos em perfis de relacionamentos.

Abraços! Ah! Os abraços, quase não se veem mais. Exite uma falta de senso em alguns, um vaguear desorientado, buscamos o quê?

A bússola do tempo falhou e estamos como que desorientados em pleno século XXI, na estrondosa transição dos tempos, em meio a parafernália tecnológica, deixamos um pouco de viver. Será?

Será que trocamos de vez aquelas cartas com caligrafias impecáveis, que endereçavamos através dos correios, pela praticidade das digitalizadas?

Onde são postadas em alguns segundos por e-mails? São tantos arroubas, hot's, que quase rima com XOTE, meio louco...

O entretenimento de nossos filhos que antes eram brincar no PLAY GRAUND, ou naquela pracinha do bairro, passou a ser o PLAY mais avançado, aquele de última geração que só falta falar. E por onde ficou o nosso toque, e a atenção aos pequeninos e adolescentes que nos foi atribuída.

Estamos absortos diante de um monitor multicor, abrindo nossos e-mails, lendo os noticiários digitais, e a família? Fica pra depois...

Aonde foram parar os toques, os beijos, os amassos, as cáricias? E o namoro? O romance? Ah! Esses! Simples, basta um toque, e um vasto leque de sites de relacionamentos se abrem bem à nossa frente, não é o MÁXIMO, tanta praticidade, e aí teremos uma variedade de perfis, servidos como uma iguaria sem fim: tem para vários paladares a plena disposição, "GATA MANHOSA", MORENO SEDUTOR", etc...e tal...

Nossa! Alguém exclama! " a internet é ilimitada!". E nós ficamos completamente limitados, sentados pelos bancos dos coletivos que sacolejam quase nos fazendo ir ao chão, mais continuamos lá teclando, vivemos no mundo de Alice, cheio de fábulas e fantasias.

Ei mundo acorda!!! Que tal fazer uma poesia, e rimar o amor com ousadia, sair do mar da monotonia e navegar com os pés no chão?

Ei mundo! Vem abraçar alguém de verdade, chega dessa tua realidade, que é pura ficção, vem ver que lá fora existem pessoas de verdade, sem máscaras, pois usam suas verdadeiras identidades, elas ainda tem um coração.

Geiza Favacho

Obs: Não quero causar nenhum tipo de afronta ou ofensa nesses meus pensamentos, pois assim como eu, muitos utilizam esse meio de comunicação importante, mais apenas estou expondo o que tenho visto por aí, as famílias tem seus filhos furtados, trancafiados por horas a fio no quarto, em muitos lares não há mais afeto, carinhos, diálogos.

Eu apenas quero atingir as pessoas que se deixaram prender por algo que lhes seria de tão grande utilidade, mais em mãos de muitos virou uma arma tecnológica.

favacho
Enviado por favacho em 15/12/2011
Reeditado em 15/12/2011
Código do texto: T3389627