Gemidos Indecifráveis

O perigo delicioso que via nos seus olhos, mostrava-me que a queda seria inevitável, que eu adoraria a adrenalina, completamente sem visão.

Às vezes me guiava às vezes me largava a caminhar no escuro, e quando eu pensava estar sozinha, apenas ouvia-o, perto, longe, mais sempre ali.

Ele Sussurrava seus sentimentos, como gemidos indecifráveis, quase imperceptíveis. Eu me aproximava para tentar entender, mais eram seus toques quem mais diziam do que sua boca, minha pele sentia, minha alma vivia. Cada respirar, cada ofegar uma nova euforia.

Lembro-me de as primeiras, doces primeiras. Serão sempre segundas agora, nunca terão a mesma importância. Nunca terão seu cheiro que anda por todos os lados, ainda brinca com os meus sentidos, arranca-me de minhas ações rotineiras, me lança ao desespero, me coloca prestes a lembrar de tudo que eu mais quero fugir. Ele ainda não me deixou, continua preso a minha pele, na memória, no coração, aqui.

Gabrielle Vergatti
Enviado por Gabrielle Vergatti em 14/12/2011
Código do texto: T3389019
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