CONFISSÃO

Não me entendo com haikais,

nem rondéis e nem sonetos,

pois exigem cálculos e ajustes

que me apertam o peito

e desenquadram meus sentimentos...

Escrevo o que me vem

e o que me vem, aceito com a forma

que se apresenta...

Sem acrescentar enfeites,

sem amenizar tormentos...

São apenas palavras, que se tornam versos,

revelando sentimentos...

materializando a emoção!

Por isso, nem digo que sou poeta:

sou alguém que escreve,

com a caneta na mão direita,

e na esquerda, o coração!