AFINIDADES
Eu nunca simpatizei com hinos, com uniformes, nem com ídolos - essas manias que temos de querer encontrar um modo para normalizar-nos. Sempre busquei escrever meus versos, forjar minha ideologia, buscar a arte, e não o criador. Eu nunca gostei dessa ideia de louvar uma pátria, um estado, uma cidade - essa simples limitação geográfica que o homem resolveu criar com imaginação formidável. Sou do mundo, da liberdade, do chão de terra que segue e não finda, do vento que passa e renova-se. Sempre quis ser globalização.