Quem tem certezas afinal?

As vezes tenho a impressão que a poesia é quem me defende da ignorância do que sou..

Assim como sei que não sei de tudo, também sei as vezes que nada sei, e apenas do que eu sei é que posso falar um pouco, por que de tudo não tenho certeza, e da certeza que tenho, tenho muitas dúvidas ao respeito.

Uma delas, é saber quem eu sou, a outra é para aonde eu estou indo, e no fim, onde vou acabar.

De algumas que tenho certeza não me atrevo a dizer, prefiro a poesia como minha defesa, do que a ignorância do meu antigo ser...

Quem conheceu o velho eu, quem amou o velho eu, eu lamento muito pelo que aconteceu...

Conhecer, gostar e viver com o novo ser que nasce dentro do seu próprio nascer, dentro de suas descobertas experimentais, ah, quem já foi nunca saberá, param em qualquer lugar e nem sabem mais aonde estão, assim é muito fácil, dar pausas na vida e esperar a solução - e quando a solução surge, já não incita mais a presença de antigos problemas.

E também dos novos problemas não quero pra mim, quero apenas a vida, por que do resto, eu deixo com o destino, é como maçon diz que quer apenas a colher e resto saberá fazer.

Clóvis Correia de Albuquerque Neto
Enviado por Clóvis Correia de Albuquerque Neto em 07/12/2011
Código do texto: T3376096
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