Meu dilema

Um dia me fiz uma pergunta, parecia boba, simples, mas o desenrolar foi complicando e parou numa encruzilhada. Para ser sincero, sempre pensei demais, por não por muito do que pensava em prática, e nesse exercício simples e , com o tempo, automático, me veio essa pergunta 'Por quê?'. Talvez seja besteira dar tanta importância para uma pergunta simples, basta dar uma resposta e pronto. Mas para mim não é tão fácil. Quanto mais procurava a resposta, mais encontrava a pergunta, ' Por que é essa a resposta?'. Tinha criado um ciclo vicioso. Talvez por curiosidade ou simplesmente burrice me empenhei para encontrar uma resposta definitiva a esse por que. Sempre me indagava, encontrando argumentos me contrapondo e no fim só aumentava minha dúvida. 'Tem uma resposta para essa pergunta', esse pensamento se tornou meu dilema e por mais que eu tentasse, mais a dúvida se intensificava. Foi então que percebi algo que deixei claro nesse texto sem perceber, buscava a resposta sozinho, eu com comigo mesmo, é um absurdo? Para mim não. Mas se tivesse feito essa pergunta a outra pessoa e aceitasse sua resposta não teria esse dilema e nem teria essa busca fatigante e solitária, talvez não fizesse tanta diferença. Mas muito recentemente é que concluí algo a respeito do meu dilema, não existe uma resposta. Me dei conta que as respostas por mais diferentes que sejam carregam algo de importante, opiniões, visões de mundo das pessoas que respondem. Faz diferença insistir numa busca cujo fim é incerto? Não se olharmos o caminho trilhado e perceber que por mais que o fim não seja o que esperamos, aprendemos mais com o processo que com o resultado, talvez eu tivesse ignorado aquela pergunta no começo, talvez não tivesse relevância no meu futuro. Talvez. Mas adiar essa pergunta poderia ter causado um estrago maior, pois tudo depende do alvo que ela atinge. 'Por que sou assim?' ou 'Por que estou aqui?'. Essa pergunta se aproxima dos exemplos e por mais que odeie continuar nessa busca continuo sem uma resposta minha. O tal dilema se mostra o mesmo em outras situações, mas não tão interessantes ou crucias como essa, e mesmo que o dilema persista, agora mão estou só.

Posso estar apenas divagando ou dizendo besteira, mas essa besteira serviu para me definir, mesmo indeciso compreendo melhor quem está ao meu redor.

E toda essa situação começou com uma pergunta 'Por quê?'.