O AMOR É ASSIM...
Um dia, conheci o amor!
Vislumbrei,
ri, sorri,
transpareci;
Sonhei, sonhei profundo,
viajei, flutuei,
percorri o mundo.
Enchi a vida,
abri, fechei os olhos,
senti espinhos, colhi flores e abrolhos.
Misto de sonhos possíveis,
realidades e fantasias.
Doei, recebi, intercâmbio natural.
Nada parou, tudo dinâmico,
verdades, meias-verdades,
nenhuma mentira, tudo real.
A lua apareceu, vi e mostrei.
O branco, o vermelho, o azul,
que importa?
também o violeta, o cinza, o preto,
tudo é belo.
A água reflete, vejo e vejo o que não vejo.
A chuva não molha,
até o sol é frio e o escuro é gostoso.
Tocar de mãos, afagar,
sentir de lábios, corpo pertinho,
bem pertinho, querendo mais pertinho.
A vida tocou, acordei,
chorei, fiquei triste, lamentei.
Abri os olhos, vi.
Quase morri.
Mas, o amor brotou, novamente brotou.
Ri, sorri, estou feliz.
Doeu muito, muito doeu.
Passou ou penso que passou.
A vida está, sempre estará a pronto.
Para que confrontos?
- Noutro dia, conheci o amor!
Vida, sonhos, fantasias.
Ficou!
Maceió, 08 de dezembro de 1991.