Será? Será? Será?
Uma dessas mágoas sem por que, que chegam sem aviso prévio e que pelo colarinho te arrastam pra sarjeta imunda. Tento encontrar uma explicação e um fluxograma delas se desembaralha na minha retina; resta saber qual é a germinadora da queda. Desânimo por não poder afundar os pés na areia da praia após uma semana de merda e ficar ouvindo o mar e as gaivotas? Ou a frustração diante de uma árvore que tem nome, sobrenome, família e funções que desconheço enquanto sei de cabeça o intento da Normativa 300 e os códigos de recolhimentos de custas do Governo? Será que é apenas o Subsistir esganando o Viver? O barulho de buzinas em vez de uma queda d'água; o barulho de calculadoras com bobina em vez do farfalhar das folhas de um parque; o veneno e a energia negativa em vez de um maracatu com cerveja num fim de tarde; será, será, será?
21/11/2011 - 14h22m