a beleza da vida a dois

E um dia foi curiosidade;

e no outro derrepente um flerte porque tomou coragem;

em outro eu disse sim.

Simplesmente assim

E tudo derrepende começou.

Era uma espectativa todo dia,

era uma alegria depois

e os dias foram passando

Derrepente achávamos que já nos conhecíamos;

e namoramos, namoramos, namoramos

e derrepente descubro que já são sete anos.

Assim, me dei a pensar...

As espectátivas que eram muitas

torna-se una.

Será que vamos casar?

Espera-se que seja.

E antes que tudo que era contingente

Era bom e interessante.

Hoje o contingente não se explica.

Era para eu saber tudo sobre você.

Derrepente seus desejos, seus sonhos, suas atitudes

parece imcompreensíveis. O que mudou?

Nada mudou. É que a espectativa vira desejo

de consumação. Não sabemos mais só ter espectativa,

Só quando somos obrigados a ficar apenas nela, ficamos...

forçado.

É que a espectativa da gente

é que seus desejos sejam desejos que eu aprove

apenas eu você deve desejar.

E assim pensamos que tem que ser

E derrepente tenho ciume de tuas fantasias que no ínicio não me importava.

e tenho ciúme de onde vais, e se não me explica

perdo o controle, e viro louca.

Me sinto ridicula fazendo estas coisas,

e cometo sempre os mesmos erros.

E derrepente eu choro!

Chorei porque você abriu-se como um livro, sem vírgulas

sem pudores.

As verdades cruas antes mesmo de nuas.

Ora! não era isso que eu queria?

Muitas vezes me pego imaginando o que tu está a imaginar.

e queria saber tudo o que está a pensar.

para eu te pegar em flagrante e poder dizer:

eu não disse, você me ama menos do que eu te amo.

você me deseja menos do que eu te desejo.

Do que vale isto, só para ter razão.

e derrepente o desejo de razão supera o de paz

e do respeito.

Eu choro, porque eu não queria saber o que se passou quando estavas a fazer tuas necessidades fisiológicas.

Foi ridiculo, me senti tão humilhada.

Nossa, chegamos a este estágio.

e tu se chateia porque achava que era apenas uma

brincadeira,

e eu estava em outra estação.

E ainda reclamo quando tu não tem senso de humor para as minhas

besteiras.

acabou o segredo, flatulamos perto do outro quando dava para evitar

Ai está sendo horrível! Não queremos mais isto!

Não, não casamos...

mas, tu me questiona como se fossemos casados.

eu te mando mandando... quando vi, já fiz.

estou tentando, e queria que tentasse também

te tratar miminimamente como MONSIER, sabe

só par manter um espaço, só para garantir a fantasia

de namorado.

só para manter o tesão!

E faço confusão, nosso discurso já é de casado

e derrepente quando sinto isto sofro, ora, mas não é casar que quero como você. Tenho medo de perder as fases, de deixar de viver alguma coisa. Acho que é isto!

Melhor não seria só aceitar, do que viver comedo e questionando?

Vivo pedindo que tu digas que me ama.

mas, eu não tenho dúvida que tu me ama.

então para que preciso que tu digas?

Porque tenho essa necessidade?

Fico zangada, magoada, chateada porque tu não diz.

E fico brigada, e digo o que não penso.

Porque tenho essa necessidade de ouvir.

Hoje é vinte de novembro, e já faz dois meses que completamos sete anos de relacionamento, porque já não sei dizer o que somos...

tenho uma aliança na mão direita, mas temos atitudes de quem usa ela na esquerda, ás vezes me pede dinheiro para algo, e as vezes te obrigo a fazer minha comida. E tu reclama se não lembrei de gelar sua alga. E tu mora no apartamento do primeiro andar

e eu moro no térrio, mas nem o porteiro do prédio nos chama mais de namorados... nem tua mãe acredita que tu mora separado, e minha mãe me pede neto...

acho, às vezes, que vou enlouquecer.

E tu, hoje, chegou em minha casa e espontâneamente me olhou fixamente enquanto estava estudando.

Me senti ivadida no espírito e fiz a pergunta: porque está me olhando assim?

E tu me respondeu: estou com uma necessidade que chega a ser fissusarada de dizer te amo.

() alguns segundos de silêncio.

Tantos anos e não me acostumei. Ou foi o jeito que não me acostumei.

Não corri para teus braços para dizer que te amo também, nem mesmo te beijei. Olhei fixamente para você do outro lado da mesa

e disse, que lindo meu amor! E fiquei no lugar. Estava estasiada demais para me mexer.

E você disse pode acreditar meu amor. E com uma dificuldade de quem diz uma verdade que faz o corpo tremer disse: é a verdade, a única verdade.

Eu disse: eu sei amor. Mas, é que tem aqueles dias que precisamos ouvir. Não basta saber, entende? E neste momento estava falando das vezes que insisto que diga,quando foço para ouvir. E ele balançou a cabeça dizendo que sim. Que entendia.

Muitas vezes sofro, quando penso que nosso relacionamento está virando rotina.

E como surpresa eu fiquei com este gesto. Deveria ter pulado loucamente e pensado, nossa continua com o amor dentro dele, só parecia que não.

Tive certeza está virando rotina. Porque me surpreendi. Assim, é rotina não ouvir um te amo.

Mesmo com minha luta para inovar. Mesmo com toda a batalha que travo comigo e contigo todos os dias para não deixar acontecer.

mas, porque temos tanto medo da rotina?

Talvez nossas paranóias façam a rotina parecer inimiga demais, e confundir calmaria e aceitação da vida a dois com tédio.

Talvez eu devesse encarar que fazer todo dia as mesmas coisas com você seja porque você é feliz estando comigo. Que você repete todo dia tarefas ao meu lado porque quer estar do meu lado.

Realmente, se olharmos para trás, nunca tivemos tédio prolongado, creio que isto é que fosse ruim.

sempre brigamos e voltamos e fazemos as pazes, e fazemos sexo antes do tédio. Ás vezes temos tédio de brigar e voltar e voltamos a não brigar para ter tédio de não brigar. E assim, ter a alegria de ir mandando os tédios irem embora.

Então, porque quando és claro me assusta, se vivo pedindo para tu ser claro?

O segredo nos irrita, mas sei que mexe e dá tesão.

Sem segredo não há o outro. Seria um outro eu. Ás vezes, esquecemos ou escondemos coisas de nós mesmos só para não saber exatamente quem somos, para não nos deprimirmos com desejos sórdidos, ou para não se assustar com o que somos e somos capazes de fazer. Porque cobrar do outro o que não ousas fazer consigo mesmo?

Estou sendo racional agora, mas sou sempre passional com você.

Esse é o paradoxo!

mas, também ver você fazer coisas normais tem que me dar prazer

porque sei através dela que você está aqui. Que está compartilhando comigo, sei que é a prova de que me quer em sua vida, e quando me diz como foi o dia, quando me pede para enxugar os pratos que tu lavas,

quando acorda com o despertador, se levanta cinco horas da manhã e me dar na boca a água e o comprimido para hipertensão só para eu não me sentir mal, aí eu sei que você me ama.

E depois deita do meu lado e dorme novamente, que amor não sinto por você todos os dias. mesmo quando sou intolerante e brigo com você por outras razões,

quando me diz coisas que magoam, nem assim eu deixo te amar.

só preciso de um tempo, e se o tempo estende mais do que espero me desespero e quero você, e sofro não mais pelo que disse, mas porque não te tenho logo.

As vezes só não preciso pensar, e aí parece que não te amo.

Então, deve assim com você também.

Me desculpa meu amor. Estou tentando apenas compreender.

precisamos sempre disto compreender.

mas, também sei da necessidade de apenas viver!

Eu não consigo pensar em comer ou viver algo bom e não lembrar de você. Sempre penso, ele poderia ver o que eu vi, ou viver o que vivi.

Eu compro o pão que gosto, o queijo, mas faço o sandwiche também para você.

gozo por prazer, mas também gozo para você!

dou rizada de... e para você.

penso em você, e na hora da prova preciso te esquecer,

e quando termina a prova quero correr para você.

nós... tu e eu, eu, tu!

Tuas piadas chatas, meus mau-humores, meus dias, teus dias

teus sonhos, meus sonhos e ... nossos projetos me faz viver.