ALGUNS DIAS HÁ TRISTEZA!

Em alguns dias só restam-me as lágrimas!

A desesperança norteia-me o coração

Nem amar nesses dias me é concebível.

Nesses dias só a saudade vigora.

É um sentimento cruel que vem de repente e tira-me a alegria e a sensibilidade de querer de novo apaixonar-se.

É como se fosse uma tortura providencial à mim imputada, provinda do além, ou algum outro lugar. Talvez com o intuito de fazer-me pagar algum pecado que nem se quer quiseram-me revelar.

Nesses dias não queria viver, Minha alma fica sem brilho; Meu espirito inerte; Meu coração quisera parar mas, alguma coisa o faz continuar batendo, como que, de propósito, me fosse condenado à ficar e ver meu próprio martírio assistindo de camarote minha incauta decadência.

É uma sensação horrível e estranha que passa-me pelas entranhas e vai até meu ego, amargando-o profundamente.

Nem sei dizer direito o que são esses dias e nem como eles me dominam assim mas, as vezes, sinto que essa sensação vem com muita força e toma conta de todo meu ser sacudindo-me como à um tsunami, ou uma tormenta, que não me deixa nem pensar direito o que devo fazer e logo abaixa-me a estima e atira-me ao chão deixando-me dormente, inerte e pensativo.

Muitas vezes penso não ter feito nada mas, logo penso que; nós seres humanos somos todos errantes e instáveis, então, estes podem ser dias de reflexões que somos todos obrigados à passar por eles na vida.

Tem certas vezes que essa fugás sensação vem-me aflorar à pele com tanta intensidade que só consigo pensar nas escrituras para tentar confortar-me. Apego-me à elas e começo meditar sobre o passado bíblico lá citados e penso que pode ser uma maldição escrita nas profecias imputada aos profetas errantes que muito injuriaram Deus e então ele dizia condenando-os:

- Por muitas gerações suas famílias serão amaldiçoadas -. E, de repente por isso, fico mais atormentado ainda achando que eu poderia ser um descendente destes profetas e que, nesses dias, estaria pagando pelos pecados deles.

Isso me deixa, de certa forma, muito mais aterrorizado.

É como que se eu fizesse parte destas profecias e, talvez, tenha que pagar por eles pelo resto de minha vida.

Não sei porque penso nisso, mas, minha mente é fértil e tem horas que me pego discutindo comigo mesmo o " por que" de tanta tristeza. E esses dias me abalam muito e penso no "por que" teria que ser eu o escolhido.

Muitas vezes me pergunto: - Que culpa tenho eu de tudo que aconteceu no passado?

Pra mim, as vezes, é como se a morte viesse me visitar, de vez em quando, e estivesse me dizendo que, logo, logo, ela viria aqui pra me buscar.

Queria poder não passar por isso, mas é como se não pudesse evitar.

O que muito me conforta é pensar haver, de certa forma, uma razão pra tudo isso. Meu coração sente, e acredita, que depois dessa tormenta virá uma bonança e isso me alegra, momentaneamente, e me faz crê que tenho que passar por tudo isso e aguentar firme como se fosse tudo um jogo há que me propuseram jogar e que eu tenha que vencer pra voltar a sorrir.

Esses dias de tristezas que me assolam, inclusive nesse exato momento; Nunca avisam-me quando veem; Quando eu menos espero eles batem minha porta e tomam conta de mim; Então, minha alegria se esvai deixando-me sem esperanças até que resolvam desaparecer novamente.

As vezes demoram dias, as vezes semanas, mas, as vezes veem e se vão tão rápidos que não dá muito pra sentir, mas sei que vieram.

Não sei se é possível me livrar desse estigma, mas tenho que continuar a viver e melhorar cada dia mais fortalecendo-me, pra quando esses dias chegarem, eles sejam ao menos amenizados.

Sei que ALGUNS DIAS HÁ TRISTEZAZ em minha vida e acredito que nas de vocês também porque somos seres sentimentais e qualquer coisa ruim, por mínima que seja, pode tirar nossa alegria e nos deixar amargurados.

Tomara que essa tristeza se vá rapidamente e eu volte a sorrir.

By Adauto........... Só tentando falar de uma tristeza que as vezes me assola o peito e me deixa pra baixo. Queria saber o " por que disso "!

almadepoeta
Enviado por almadepoeta em 14/11/2011
Reeditado em 17/01/2012
Código do texto: T3335178
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