NO CAMINHO COM MAIAKOVSKI

"Na primeira noite eles se aproximam 
e roubam uma flor 
do nosso jardim.
 E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores, 
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles 
entra sozinho em nossa casa, 
rouba-nos a luz e, 
conhecendo o nosso medo, 
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."


Eduardo Alves da Costa
Agamenon Almeida
Enviado por Agamenon Almeida em 01/01/2007
Reeditado em 07/09/2008
Código do texto: T333444
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