Não Nego:

De início meu olhar não queria te enxergar, mas fostes tão expressante, que, talvez, apenas por instantes perdi-me em seus “encantos”...

Por um instante fincaste em mim a espada cruel do desejo de amor.

Desejo insaciável que me prende em pensamentos de ilusões. Mas sou fera, venço a guerra, não sedo, nem me rendo, não me entrego...

Sou igual à viúva negra que prende em suas teias o amado e aos poucos vai dilacerando-o até que sua vida chegue ao fim...

Não sou, porém, tão voraz. Dia a dia, vou lembrando de cada palavra fria, e delas, assim faço uma borracha e apago cada uma...

E tu? És arrogante, dissimulado, se quer entendes o que é o amor. És fera disfarçada em flor, fera sem instintos, sem faro, fera vazia e mal entende o amor.

Continuará ferido no seu mundo vazio, mas no teu caminho, certamente, encontrarás o teu par perfeito, aquele que te afague e satisfaça teus desejos (não de amor) e que até pagará com riquezas materiais por teus encantos oferecidos...

A isso, não chamo amor...