Vejo
Vejo dias velozes, inimigos ferozes, gemidos e gritos de muitas vozes
alardeando em pranto com espanto em escuros cantos seus desencantos
Ouço cantos não alegres e jubilosos, mas tristes e melancólicos
ébrios pela violência destilada que foi ingerida a força
Forcas preenchidas por corpos dos quais não suportaram tamanha dor causada pelo opressor decompondo-se ao relento
Lento são os passos dos que no curto espaço do tempo veloz enterraram seus talentos
Sedentos por triunfo, mas reféns são de seus ensejos e detentos em seu próprio mundo
Mudos estão em sua própria nação e não são poucos
Gritos de corpos ocos que sem alma ecoa em larga escala a derrota e se calam
Assim passam seus dias que são velozes aos olhos dos que vêem, mas eternos na pele dos que sentem.