Foco

O verde

Veste o corpo da terra

Feito sombra que acompanha

O mais puro silêncio

Numa relação íntima

Com o próprio crescer.

Como os valores

Em sua autoridade integra

Esvazia provável saber

Do homem que pensa ser absoluto

Inchado de falso poder.

É preciso olhar de fora

Sem perder elementos

Pois o que explode dentro

Em externo já existiu

Deu forma a idéia e depois submergiu.

Sei que fazer o outro entender

É mais difícil do que escrever

Atingir o foco é desafiador

Extrapola o tempo

E a passividade do interlocutor.

Por isso creio que as criaturas solitárias

É que carregam o peso do habitável

Que conseguem conviver com o condenável

Sem se corromper.

Entendem que somos interligados

Sem necessidade que alguém ganhe

Ou tenha de perder.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 09/11/2011
Reeditado em 09/11/2011
Código do texto: T3325797
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